Quando Son Nghiem do laboratório Jet Propulsion da NASA observou o fenômeno de degelo recente, disse que era tão extraordinária que no começo questionou o resultado, perguntando-se se era verdadeiro ou devido a um erro de dados. Cientistas do centro Goddard Space Flight da Nasa, da University of Georgia-Atenas e da Universidade da Cidade de Nova Iorque confirmaram o notável derretimento.
Tom Wagner, gerente do programa de criosfera da NASA, creditou o poder dos satélites por terem observado esta fusão e explicou ao The Huffington Post que, embora este evento específico possa fazer parte de uma variável natural, existem provas abundantes de que a Gronelândia está a perder gelo, provavelmente por causa do aquecimento global, e que esse degelo está a contribuir significativamente para o aumento do nível do mar.Wagner disse ainda, que o gelo está claramente a ficar mais fino em torno da periferia, alterando a massa de gelo da Gronelândia, e acredita que isto acontece principalmente devido ao aquecimento das águas do oceano que corroem o gelo. Cautelosamente acrescentou que parece provável que esteja correlacionada com o aquecimento antropogénico. Este degelo extremo ocorreu em grande parte devido a um padrão de clima incomum que este ano se deu sobre a Gronelândia, e o que a NASA descreve como uma série de cúpulas de calor, ou um forte cume forte de ar quente.
O degelo notável ocorreu em regiões específicas da Gronelândia, como a área ao redor da estação Summit, localizada dois quilómetros acima do nível do mar. Segundo a análise do núcleo do gelo, desde 1889 que esse tipo de fusão não acontecia. Lora Koenig, glaciologista de Goddard disse que eventos de degelo semelhantes ocorrem a cada 150 anos, e que este evento é consistente com o cronograma, mas acrescentou que será preocupante se nos próximos anos continuarmos a observar acontecimentos como este.
Ao longo dos últimos meses, surgiram estudos separados que sugerem que o Homem está a desempenhar um papel dominante no aquecimento dos oceanos, e que algumas regiões específicas do globo, como a Costa Leste dos EUA, estão cada vez mais vulneráveis à subida do nível do mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário